Sobre

Como surgiu a ARJ
Criada em 2000, no Recife, por professores e alunos do Departamento de Música da UFPE, a Associação Respeita Januário carrega em seu nome uma homenagem a Januário, pai de Luiz Gonzaga — mestre da sanfona e símbolo da tradição musical nordestina. Ao contrário do filho famoso, Januário permaneceu no sertão, não foi morar na cidade grande, nem trocou sua sanfona de oito baixos pelos mais modernos acordeões com teclado de piano.
A ARJ acredita que a música tradicional do Nordeste é mais do que um patrimônio: é uma expressão viva do povo. Está presente nas festas, nas celebrações religiosas, no trabalho e no cotidiano das famílias nordestinas. Não é apenas som — é memória, identidade e resistência.
Mesmo que tenha seu valor cultural reconhecido por artistas e pensadores como Ariano Suassuna, Mário de Andrade e Villa-Lobos, essa riqueza ainda carece de políticas públicas efetivas, de pesquisa e de valorização real. Por isso, a ARJ atua para registrar, divulgar e fortalecer essa herança, sempre em diálogo com quem a mantém viva: os próprios mestres da cultura popular.
Com ações que vão de pesquisas a produções de CDs, vídeos, seminários e um acervo digital em constante expansão, buscamos contribuir para o reconhecimento e o fortalecimento desses saberes — vivos, humanos e nossos.
Saiba quem faz a Associação Respeita Januário (cta para a página Quem faz a ARJ).
Quem faz a ARJ
A Associação Respeita Januário congrega pessoas que há alguns anos mantém contato estreito com o mundo da música tradicional nordestina. Também reúne pessoas de alta qualificação acadêmica na área de música e ciências sociais, sobretudo da UFPE. Nos seus Conselhos consultivo e fiscal, estão pessoas de notório conhecimento na área. Finalmente, a ARJ possui como sócios-correspondentes importantes especialistas em música tradicional e em cultura popular de outros estados do Brasil e também no exterior.
A Coordenação da ARJ é composta por:
Coordenador-Geral, Dr. Carlos Sandroni, etnomusicólogo, professor do Departamento de Música e do Mestrado em Antropologia da UFPE
Vice-Coordenadora Geral, Virgínia Barbosa, licenciada em Música pela UFPE
Coordenadora de Projetos, Cristina Barbosa, licenciada em Música pela UFPE
Vice-Coordenador de Projetos, José Guilherme Allen, licenciado em Música pela UFPE
Coordenador Financeiro e de Patrimônio, Paulo Rosas, músico e advogado
Vice-Coordenador Financeiro e de Patrimônio, Guilherme Medeiros, músico e mestrando em História pela UFPE
Secretária, Guiomar Ribas, mestre em Educação, professora do Centro Profissionalizante de Criatividade Musical do Recife
Vice-Secretária, Adriana Milet, licenciada em Pedagogia pela FUNESO (Olinda)
São do Conselho Consultivo da ARJ:
Antônio Carlos Nóbrega, compositor, dançarino e cantor
Antônio José Madureira, compositor, um dos criadores do Quinteto Armorial.
Cirinéia do Amaral, pesquisadora e professora da UFPE
Dinara Pessoa, etnomusicóloga e professora da UFPE
Hildo Leal, mestre em História, pesquisador do Arquivo Público Estadual de Pernambuco
José Amaro Santos da Silva, mestre em Musicologia, chefe do Departamento de Música da UFPE
Dr. Renato Athias, antropólogo, com trabalhos sobre os índios do Alto Rio Negro (AM) e de Pernambuco
Roberto Benjamin, pesquisador e presidente da Comissão Pernambucana de Folclore
Dr. Roberto Motta, antropólogo, autor de importantes estudos sobre os cultos afro-brasileiros no Recife.
Sérgio “Siba” Veloso, compositor e integrante do grupo Mestre Ambrósio
São do nosso Conselho Fiscal:
Cristiane Almeida, professora da UFPE, membro da diretoria da Associação Brasileira de Educação Musical
Dr. Geber Ramalho, professor do Departamento de Informática da UFPE e músico
Dr. Paulo Cristóvão de Lima, compositor e professor da UFPE
Ronaldo Brito, dramaturgo e pesquisador da cultura popular
Virgínia Souza, assistente social
São sócios-correspondentes da ARJ, entre outros:
Dra. Angela Lühning, etnomusicóloga, professora da UFBA
Dr. Rafael Menezes Bastos, etnomusicólogo, professor da UFSC
Dra. Rosângela Pereira de Tugny, musicóloga, professora da UFMG
Dr. Samuel Araújo, etnomusicólogo, professor da UFRJ
Dr. Jean-Michel Beaudet, etnomusicólogo, professor da Université Paris-X
Dra. Salwa El-Shawan Castelo Branco, etnomusicóloga, professora da Universidade Nova de Lisboa
Objetivo
Fortalecer os vínculos entre cultura, memória e pertencimento, é para isso que a Associação Respeita Januário existe!
Nosso principal objetivo é contribuir para o reconhecimento e a valorização da cultura tradicional do Nordeste como expressão viva, diversa e fundamental da identidade brasileira.
Acreditamos que preservar é escutar, dialogar e caminhar junto com mestres e comunidades que mantêm essa herança cultural sempre pulsante. Atuamos para tornar esses saberes ainda mais visíveis, investindo em ações de pesquisa, formação, difusão e articulação cultural.
Buscamos criar pontes entre gerações, territórios e linguagens — sempre com respeito à origem e compromisso com o futuro dessa tradição que é coletiva, orgulhosamente nordestina e profundamente brasileira.